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18 de dez. de 2010

Tarde delícia. Só isso. @juliodomingas

4 de dez. de 2010

Apaixonado

"quando toca o despertador, de manhãzinha, me levanto e vou me arrumar e vejo a felicidade no espelho, sorrindo..."

Tão boba e tão singela, escrevo ao som de Tiê cantarolando "Se enamora". Essa canção faz vir ao meu nariz os aromas mais gostosos da infância e brilhar em minha retina as cores tão bonitas da época em que minha mãe me lembrava a cada dez minutos que eu não podia andar descalço.

Estou de volta ao lugar onde nasci. Posso dormir tranquilo pois sei que um monte de passarinho irá me acordar assim que o sol sair. Não tenho mais vergonha do meu "R" puxadíssimo e nem de dizer que estou morrendo de vontade de comer um bolinho caipira.
Confesso que depois de tantos anos (quase 6!) ainda estranho a calma dessa minha terrinha – mas é uma delícia!

São Paulo é uma cidade linda. Lá vivi experiências únicas, conheci pessoas incríveis e construí essa carreira que ainda engatinha. Serei sempre grato àquelas ruas movimentadas e pessoas apressadas...

No entanto, estar de volta é muito bom. E toda vez que caminho entre as flores que cercam a rua do meu trabalho, olho para o vazio do Banhado (dê uma gugada) e penso: "Obrigado meu Deus!".

22 de out. de 2010


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20 de out. de 2010

Girafas não emitem sons?

Segundo um cara que foi vender enciclopédia na porta da minha casa, não. Elas têm um pescoço tão comprido que as cordas vocais, bla, bla, bla. Basta uma gugada aqui pra saber a história toda. Pois bem, longe de mim querer ser mudo ou coisa parecida (?), mas eu adoraria falar mais baixo.
Sim! Toda vez que abro o bocão, um som grave e alto, muito alto, ecoa por onde quer que eu esteja (quantos "quês"!).
Hoje no ônibus o cobrador me fez uma pergunta inaudível e eu respondi com um "ãn?" que assustou duas velhinhas, acordou um pedreiro e fez rir um molequinho. O cobrador respondeu aos berros: "vai carregar o bilhete?". Eu pensei "Ora! claro que vou carregar – no bolso, como sempre", mas essa é uma questão linguística que não vale a pena discutir agora. Do contrário, vou me empolgar e falar ainda mais alto que o habitual.

5 de out. de 2010

[sem título]

Fico besta – BESTA – quando descubro que um cara um pouco mais velho que eu (ou não) ganha rios de dinheiro fazendo algo que considero uma tremenda bobagem.
Ontem li a respeito de um moço que fez seu primeiro milhão de dólares descansar em sua conta bancária vendendo pixels em um site poluído e estranho (caso não conheça, o site é esse aqui ó: www.milliondollarhomepage.com ).
Pois eu acho que essa é a diferença entre os bons e os maus empreendedores: os primeiros apostam no ridículo, no inusitado; os últimos querem copiar cases de sucesso.
Já cheguei à conclusão de que eu não sou empreendedor de categoria nenhuma! Ando gastando meu tempo com a esperança de ser sorteado em alguma loteria.

1 de out. de 2010

30 de set. de 2010

A beleza que sai da boca

Não é o cabelo da moda, as unhas bem-feitas, o sorriso largo ou as curvas perfeitas que me encantam.
É claro que esse conjunto, por si só, já é bastante atraente e um convite aos pensamentos devassos. Mas não é o suficiente.
Embora eu saiba muito bem qual é o meu lugar na escala do "sex appeal masculino", faço questão de observar e só tentar uma aproximação com quem sabe abrir a boca e soltar uma frase na qual sujeito concorde com o verbo – no mínimo.
Muitas vezes (e foram muitas vezes), aquele olhar com um ângulo meio alterado, o andar mais malemolente do que o normal ou até mesmo uma pequena inclinação dentária viram meros detalhes se as orações são articuladas, as ideias forem interessantes e o papo flua com prazer.
Resumindo: para mim, a feiura desaparece se da boca sai coisa boa.

Das viagens, sonhos e promessas

Não sei que diabos me fizeram conseguir guardar dinheiro (e eu mal comecei e já me impressiono com a quantidade de verbos despejados).

Pois bem, agora eu tenho uma grana considerável no banco e não faço ideia do que fazer com ela. Dá pra viajar e conhecer um país novo, beber um álcool diferente, sei lá.
Também dá pra comprar aquele aparelho eletrônico desejado há meses. Ou, quem sabe, pagar um plano anual FODA em uma academia FODA.
Só sei que depois de meses economizando no café, na roupa e na balada, eu tenho grana. E só isso: TENHO.
Cada vez mais acredito que o dinheiro foi feito para ser usado, queimado, trocado e NUNCA guardado. “Oh, meu filho, pensa no seu futuro, na sua casa, no seu carro popular, na sua velhice.” Não, obrigado. Prefiro passar a próxima temporada da minha vida consumindo – sem peso nenhum de achar que sou um porco capitalista.
E por enquanto é só. Estou com preguiça.

12 de set. de 2010

Fofolete



1 de set. de 2010

Ando pensando muito na Lua. E isso me parece um pouco estranho. Preciso descobrir do que se trata o mais rapidamente possível.

31 de ago. de 2010

Solteiro

Ontem fiz a coisa mais importante e triste da minha vida de solteiro: comprei uma cafeteira.
Importante pelo prazer líquido ao meu alcance – uma xícara de café forte, quente e delicioso sempre que eu quiser.
Triste porque é uma daquelas máquinas compactas, que faz só uma "dose" por vez e nada mais. A aquisição dessa cafeteira é quase uma consolidação da minha condição solteira e abandonada (agora é a hora de fazer aquela cara de gatinho do Shrek), um certificado de "Sim, você mora sozinho e não pretende dividir sua casa com mais ninguém". Pois é mais ou menos isso. Mesmo.
Preciso repensar urgentemente as minhas escolhas e, para isso, nada melhor que uma xicrinha pra acompanhar.

9 de jul. de 2010

3 de jul. de 2010

100

Manuel passava o dia todo atrás do balcão. Sorrindo pra gente com a qual ele não simpatizava. Obedecendo ordens de pessoas odiáveis.
As pernas começavam a doer perto do meio-dia, mas a postura deveria ser mantida. Nada de cabeça baixa ou de braços apoiados. Ele precisava comer, a mulher precisava comer, as crianças precisavam comer...

Em casa, uma lâmpada queimada era suficiente para uma discussão calorosa que poderia terminar em louça quebrada ou em sexo. Nunca saiu da cidade. Concordava com as notícias que via na TV. Acordava cedo e dormia tarde.

Naquela manhã, Manuel havia sentido pela primeira vez o cheiro de uma nota de cem reais. Ela era estranhamente azulada (ou aquilo seria verde?). Tinha uma textura diferente das notas amassadas que trocava por cervejas vagabundas. Um peixe que ele nunca comeu estampava aquele lindo pedaço de papel.

Por um instante, acariciou letra por letra. Admirou a assinatura firme que arrematava a obra de arte. "Deve ser alguém importante" – pensou.
Ah! Que momento sublime. Sempre havia recebido seu ordenado pontualmente em pequenos montes com quase todas as notas, menos aquela. Cem reais!
Em um só papel jazia ao menos uma semana de trabalho suado.

Como um despertador mal-humorado, a fisgada no joelho esquerdo lembrou-lhe que já passava das três da tarde e, então, viu novamente o balcão e o próprio uniforme surrado.

– Desculpe-me senhora, mas não temos troco.

E devolveu a nota de cem. Recebeu outra de dez, daquelas tradicionais.

Assim que a madame deu-lhe as costas, a dor espalhou-se para as duas pernas. Aproveitou que estava sozinho e encostou-se no balcão. Sentindo-se velho.

23 de jun. de 2010

21 de jun. de 2010

Um passo era mais rápido que o anterior. Parecia que a qualquer momento uma perna tropeçaria na outra. Os dedos já haviam perdido um cigarro ainda pela metade e as calças – devidamente sem cinto – prometiam cair a qualquer momento.

Crianças surgiam de todos os buracos da calçada e atrapalhavam o caminho tortuoso e longo. Corre! Corre! Corre!

Sentia uma dor no peito, o ar faltando, uma gota de suor que desceu o pescoço e foi-se na camisa branca, já amassada. Os sinais eram todos verdes. Os atalhos eram todos errados. Aquilo tudo era muito pra tão pouco. Finalmente, tropeçou. Para um lado voaram revistas, canetas, balas. Para outro voou qualquer paciência. Para cima foram os palavrões mais saborosos. Para baixo as dores mais pueris. Aquilo tudo era muito pra tão pouco.
Danem-se os ponteiros do relógio!

Bateu a poeira das coxas e foi-se novamente. Dessa vez mais lento. Observando uma gargalhada, um olhar mais surpreso e uma pequena flor que saía de um bueiro – esse pouco era muito. Deixa! Deixa! Deixa!

Pegou um pedaço de cartolina. Colocou na geringonça antiga e barulhenta e ouviu o estalo que anunciou: meia hora atrasado. E não tinha desculpa que o salvasse dessa vez.
Olha bem rápido
Vê aqui dentro desse olho,
é. Desse mesmo.
Enxerga uma única verdade.
Pensa em um único desejo
Olha bem rápido
antes. Antes que passe.

12 de jun. de 2010

Móveis!

Dias dos namorados

Nos últimos 23 anos tive muita sorte no dia 12 de junho. Somente um deles passei namorando – devia ter uns 13 ou 14 anos. De lá pra cá estive solteiro nessa época do ano. E nada disso foi combinado (imagine se eu seria mesquinho a esse ponto, principalmente eu, que AMO dar presentes)! Mas começo a pensar que isso é algum carma, alguma mandinga... Por que diabos eu sempre estou sozinho no dia dos namorados.
Ah! Era só isso... Tô com preguiiiiça...

26 de mai. de 2010

Vida

Vida, vida, vida.
Viver é o melhor presente!

18 de mai. de 2010

O.

Tô com uma ideia boa na cabeça. Mas boa mesmo.

Me veja aê:

Um pão na chapa e um copão de suco de laranja; dois chocolates, um café, um chá, um leite, um tino qualquer, três bolachas.
Passa pra cá essa comercial de bife com fritas e uma latinha de Coca-cola – gelada, claro.
Mais dois chocolates, um café, um café, um café.
Um pão com presunto e um copo de Coca (sem a putaria do limão!).
Manda um travesseiro, um cheirinho, uma chupeta e um nana nenê.
Tem troco pra cinquenta?

Saudadinha...

17 de mai. de 2010

N.

Tô com uns quadrinhos rabiscados no fundo da gaveta.
Perdido em um mar de sonho e memória
Eu vejo no espelho um rosto a me encarar
Enquanto o teu reflexo espera alheio a minha derrota
Eu me pergunto até onde esse espelho vai me levar...

Inverno

Macho

Choro mesmo! (dane-se quem diz que não...)
No fundo do copo vejo alegria, prazer, solidão.
Danço com os braços levantados! (e daí se eu não sei?)
Viajo na fumaça de algum mentolado – ouvindo um rock bem gay.

Como com os olhos. Fácil.
Dou com a alma.
Beijo com as mãos. Ou tento.
Tento!

Poeira

Quem me conhece de verdade sabe que sou extremamente saudosista.
Tenho discos de vinil colados na parede da cozinha, ouço fitas cassete do começo dos anos 90 e me jogo fácil ao ouvir aqueles pagodes de gosto duvidoso gravados pelo Raça Negra (uôu, fui longe!).
Mas hoje superei tudo: estou com uma saudade exagerada de coisas tão simples quanto uma máquina de escrever (as mecânicas, não as elétricas). Saudade de bater forte naquela tecla que emperra e depois perceber que todos os emes do texto ficaram em destaque. Saudade do som hipnótico da matriz indo e voltando a cada linha. Saudade de encaixar a folha perfeitamente, para garantir um texto linear (pelo menos fisicamente).
Em uma bela e trabalhosa carta datilografada – palavra bonita – não há espaço para vc, para naum ou outras coisinhas... O delete vem em potinhos com tinta branca e fedida. E o Arial 12 é difícil de conseguir. Mesmo.
Tempo bom.
Tempo muito bom!

6 de abr. de 2010

Essa é velha...

Z

Muito sono.
Tanto que
a preguiça
só me faz
pular
de
linha
pra ver
se
ocupo mais
espaço...

27 de mar. de 2010

Beat acelerado!

Agora ou nunca?

Tenho uma imaginação tão fértil que muitas vezes me surpreende. Fértil o suficiente para imaginar-me uma estrela de fama internacional ou uma bicha aidética jogada na sarjeta.
Seja qual for minha fantasia, todas elas têm um elo: o futuro. E então me pergunto: por que a gente teima em pensar no amanhã? Ele não nos pertence! Juro.
Esse é um assunto repetitivo e muito claro na minha cabeçona; eu, vira e mexe, me pego nesse vício cruel: e amanhã?
Mas hoje tá tão legal! O sol brilhou tão forte! Vi meus DVDs preferidos, ouvi músicas agradáveis, comi uma massa super caseira, li revistas velhas e adoráveis, cochilei infantilmente durante a tarde. Que "hoje" mais gostoso!
Então, pra que usar minha fértil imaginação com o amanhã? Usarei-a hoje! Para pensar num novo corte de cabelo. Para decidir se deixo a barba crescer de novo...

Eu tenho, AGORA, um ótimo dia...

25 de mar. de 2010

Fantasticamente circo!

23 de mar. de 2010

O melhor livro do mundo!

O menino do dedo verde deve ser relido. O maior números de vezes possível. Doce, terno, simples e curto, o livro conta a história de Tistu, um menino incomum que, embora nascido em uma família rica e tradicional, descobre em suas próprias mãos o poder de transformar o mundo por meio da beleza das flores e  folhas. Somente.

Futuro

"Quem sabe um dia... 
Alguém vai surgir
De um mundo que ninguém sonhou?

Verá, ao vir, gente, bicho, bicho que acabou."

Boa praia!

Isso aí embaixo tá péssimo... Fluxo de pensamento + tradução zoada. Tô deprê mesmo!

Tradução livre (do que sinto agora)

Um dia encontrei, o lugar que havia sonhado... Sua magia me prendeu e me acompanhou todos os dias. Recebi seu amor, e isso é algo que não se esquece.
Sinto essa emoção de compartilhar sua alegria e não há nada que possa ser igual ao que você me deu. O sonho mais lindo que sonhei, foi você quem me deu!
Cantamos sozinhos, mas parecia que o mundo todo ouvia...
Quero agradecer-lhe (sinto que estou sonhando); se alguma coisa me impediu de perceber o tempo passar, não pense que não perceberei sua falta.
Dividimos risos e emoções, e tivemos os mesmos desejos...
E, sem querer, falamos a língua do amor, a única que entendemos!
Obrigado.
Na minha alma levo tudo que vivemos, você sempre será parte de mim, mesmo que o sol não brilhe e nenhuma voz mais cante, eu sempre estarei aqui.
Não importa o que aconteça!

14 de mar. de 2010

Receitinha

Tem gente que imagina a felicidade em uma pilha de notas de cem. Outras, ainda, acreditam que ser feliz é ser esbelto, andar no carro do ano, namorar a gata da rua de trás.
Pior: existem pessoas que só se sentem "felizes" com a derrota alheia (– Eu não disse? – é a frase preferida delas).
Coitados!
A felicidade está tão perto... A minha é o agora. De chinelos, ouvindo "Como é grande o meu amor por você", tomando um suco de laranja, despenteado, esperando a segunda-feira chegar para mais uma semana de trabalho, de aprendizado e de alegrias...

Ser feliz é fácil... A gente que é bobo e complica.

2 de jan. de 2010

Promessas de ano novo

1. Ver doze filmes (faltam 10);
2. Ver doze peças de teatro;
3. Ver doze shows;
4. Visitar doze amigos diferentes.