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22 de mar. de 2009

Luto

No dia em que eu morrer fará muito sol. As aves estarão alheias a qualquer tristeza e não será feriado nacional.
Quando eu morrer algumas poucas pessoas dirão "Que pena!", outras poucas dirão "Coitado!" e uma ou duas pessoas dirão "Que injustiça!". Mas todas, dentro de seu íntimo dirão "Esse cara era pirado!".
No dia da minha morte, todos ficarão curiosos pra saber o que fiz depois da passagem, portanto, adianto-lhes: procurarei um abraço quente e fraterno seja de quem for, seja em que dimensão for, seja como for.
Quando o fim chegar, quero que em minha lápide esteja escrito em letras simples: Aqui jaz (...) e nada mais. Pois minha essência, assim como de todo ser humano, não pode ser resumida em frases feitas ou de efeito, mas em suposições, somente em suposições. Pois assim terá sido toda a minha vida: suposições, investigações, descobertas e surpresas.

No dia em que eu morrer, minha morte não será notícia. Será fato.