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25 de dez. de 2011

Redescobrir (ou Recomeçar)

Seres vivos que somos, temos a necessidade de viver em comunidade. Em maior ou menor escala, em pequeno ou grande número de integrantes, intensamente ou não.
De cabeça, são pouquíssimos os exemplos que lembro de animais que vivem sozinhos - e mesmo estes precisam se juntar ao menos uma vez na vida para procriar.

Estava pensando nisso ao julgar algumas situações pelas quais passei nas últimas semanas.
Saí de um relacionamento que, como todos os outros, julgava ser eterno e ideal. Mas, aos poucos, o que parecia encantado virou terror. Por motivos que não precisam ser expostos, o abraço passou a fazer menos sentido, o beijo ficou seco, a cama ficou vazia. O desejo de estar junto virou vontade absurda de apagar as memórias desses últimos tempos.

É claro que nesses momentos costumamos apontar apenas os defeitos dos outros. Como se não houvesse em nossas mãos defeito algum, erro nenhum, culpa zero. Pois bem, fazendo um mea culpa rápido, imagino que o fato de eu ter mudado de cidade me impediu de perceber que existiam outras necessidades e prioridades no que se refere a um relacionamento sadio à distância.

Por outro lado, a sensação constante de que minha individualidade não estava sendo respeitada era tanta que passei a imaginar até que ponto valia a pena dar-se de tal maneira? Dentro de mim deixei de me ver como um parceiro e aos poucos virei um corpo, uma figura social, um genérico. Eu ou qualquer outro poderia ocupar aquele exato espaço. Preferi ceder meu lugar.

Voltando ao início, na conversa de vida em comunidade, eu ando me dando conta de que é possível ser feliz com outros integrantes desse tal viver em grupo: amigos, família... Eu achava que seria meio "manco" se a tríade não fosse completa com "amor".

Por fim, estou tentando recomeçar. Mesmo a tríade não sendo 100% necessária, ela não pode ser tríade sem o terceiro elemento. Ok, ficou tudo confuso. Concordo.

Que os merecedores tenham bons dias!

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